quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Orçamento de 2010 'não atende necessidades da saúde', diz Temporão



Peça orçamentária foi sancionada pelo presidente Lula na terça-feira (26).‘Ministro da Saúde tem que chorar o tempo inteiro’ atrás de recursos, disse.



Robson Bonin
Do G1, em Brasília

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta quinta-feira (28) que o Orçamento da União, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (26), é insuficiente para manter as ações da pasta neste ano. “O orçamento sancionado pelo presidente evidentemente não atende as necessidades do ministério. Já estamos conversando com o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) e com o presidente Lula para que possamos ter os recursos para manter todos os programas do ministério”, disse Temporão, durante entrevista ao programa de rádio, "Bom dia, Ministro".
A causa da falta de recursos, segundo Temporão, é a forma como o orçamento da pasta é corrigido. A verba destinada ao ministério é atualizada a partir do cálculo da soma da inflação com a soma do crescimento econômico do país.
“É a correção nominal do PIB (Produto Interno Bruto). Sabemos que o ano passado o crescimento econômico, se não for zero vai dar crescimento negativo. Então, isso afetou a correção do orçamento do ministério”, explicou o ministro. Temporão também lembrou que as “demandas da área são gigantescas”. “O ministro da Saúde é sempre um ministro que reclama da falta de dinheiro. Na Saúde, as demandas são gigantescas e a realidade para atender (essas demandas) muitas vezes são limitadas. Ministro da Saúde é chorão. Tem que chorar o tempo todo atrás de dinheiro”, afirmou.
O Orçamento da União para este ano prevê R$ 66,9 bilhões para o Ministério da Saúde. O valor só perde para o Ministério da Previdência Social (R$ 258 bilhões) e para o Ministério de Minas e Energia (94 bilhões).

Foto: O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, fala a emissoras de rádio no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação, durante o programa Bom Dia, Ministro, sobre a estratégia do país para enfrentar a pandemia de influenza A (H1N1) neste ano. (Foto: Elza Fiúza/ABr)

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