quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ambulância do Samu faz diagnóstico de problemas do coração em 5 minutos

da Folha Online

Mais de mil municípios em todo o país deverão contar com ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) equipadas com um aparelho digital de eletrocardiograma até o fim do ano, segundo o Ministério da Saúde.
Lançado oficialmente nesta quinta-feira pelo ministro José Gomes Temporão (Saúde) e pelo diretor-geral do HCor (Hospital do Coração), Adib Jatene, o Sistema Tele-Eletrocardiografia Digital promete ajudar a salvar vítimas de doenças cardiovasculares graves, como infarto e arritmia. A expectativa é reduzir em até 20% o número de mortes.
Os benefícios diretos dessa tecnologia são a redução do tempo de atendimento, a análise mais apurada do quadro do paciente e a realização de uma triagem ainda na casa da pessoa ou na ambulância, para o encaminhamento mais ágil ao chegar a um hospital, segundo o cardiologista Enrique Pachón, responsável pelo serviço de Telemedicina da parceria entre o HCor e o Ministério da Saúde.
Cada ambulância do Samu será equipada com um pequeno aparelho capaz de transmitir o eletrocardiograma via telefonia celular ou mesmo por telefone fixo. Todo o processo juntamente com o resultado do exame dura, em média, cinco minutos. "Com isso, o médico que está na ambulância já tem condições de iniciar um atendimento com muita brevidade", explica Pachón.
"Quanto mais rápido uma pessoa que sofre infarto for atendida, maior a chance de ela sobreviver sem complicações graves. Essa tecnologia de ponta disponível no SUS permitirá que a população mais carente tenha maior acesso a cardiologistas de referência do país", afirma o ministro da Saúde.
No momento, o serviço está em 37 cidades de dez Estados brasileiros. Por enquanto, 86 kits (com eletrocardiógrafos e telefones celulares) já estão em funcionamento ou em fase de instalação. A previsão é que esse número chegue a 450 até o fim deste ano.
De acordo com o Ministério da Saúde, os investimentos no projeto do Sistema de Tele-Eletrocardiografia Digital são de R$ 6,9 milhões em três anos, aplicados na compra de aparelhos, treinamento de equipes do Samu e manutenção de equipamentos.
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