terça-feira, 23 de setembro de 2008

Capivari em busca da qualidade de vida




Foto: SMS Capivari

A Secretaria Municipal de Saúde de Capivari implantou o matriciamento no serviço de saúde do município. Uma equipe interdisciplinar trabalha com o objetivo de promover mudanças nos programas e nas ações para descentralizar o acesso à especialidade e possibilitar a discussão em grupo de casos clínicos em comum.
A implantação do matriciamento teve início há dois anos, tendo como base a formação de grupos focais para o atendimento a portadores de diabetes, hipertensão, gestantes, dificuldades escolares, depressão e alcoolismo, buscando maior troca entre os profissionais envolvidos. Além de auxiliarem o paciente, os profissionais realizam palestras e reuniões para definir qual o encaminhamento.
Uma das atividades realizadas é o incentivo à atividade física. Os Agentes Comunitários de Saúde estão sendo capacitados, com a presença de dois profissionais de educação física admitidos pela Secretaria Municipal de Saúde e tendo como parceiros a Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria Municipal de Esportes. Os Agentes realizam o trabalho em creches, escolas e grupos da terceira idade, visando um modo de vida mais saudável.
O trabalho é realizado nos bairros, tendo como base a Unidade de Saúde da Família e as Unidades Básicas de Saúde, oferecendo informações e atividades para melhorar a qualidade de vida, com enfoque na alimentação, nas condições de higiene, na prática de atividades físicas e em temas sugeridos pela equipe ou pelos grupos focais. As especialidades envolvidas no matriciamento são psicologia, fonoaudiologia, serviço social, farmácia, nutrição, fisioterapia, educação física e terapia ocupacional.
Elizaete da Costa Arona, Secretaria Municipal de Saúde de Capivari, acredita que as mudanças devem ser contínuas para que apresentem bons resultados. “Para diminuir o número de doenças crônicas não transmissíveis e melhorar a qualidade de vida de idosos, é preciso valorizar o trabalho interdisciplinar, mudando a visão medicocêntrica, até hoje estabelecida nos serviços de saúde. Como conseqüência, temos observado entre os paciente que aderiram as atividades físicas e aos grupos focais a redução no uso de medicamentos, a diminuição de queixas de dor crônica e a melhora nos indicadores de saúde”, afirma.
Após ter o trabalho como um dos vencedores do Prêmio David Capistrano, Elizaete Arona creditou o sucesso a toda a equipe envolvida. “Fiquei surpresa com o prêmio, principalmente por sermos um município pequeno. Mas a premiação veio devido ao trabalho de toda a equipe, nestes dois anos. Todos se esforçaram nesta iniciativa de valorização e de capacitação dos profissionais para um melhor atendimento aos pacientes”, completou.

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